Jogador com uma trajetória que extrapolou o futebol, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira começou sua carreira esportiva no Botafogo de Ribeirão Preto (SP), em 1974. De 1978 a 1984, integrou o time do Corinthians, onde liderou um movimento que tomou proporções políticas conhecido como Democracia Corinthiana. Ao lado de jogadores como Casagrande, Wladimir e Zenon, Sócrates começa a defender a abertura política e chega a subir no palanque ao lado de políticos pelo movimento Diretas Já! Natural do Pará, nascido em Belém, Sócrates tinha 57 anos de idade. Depois da experiência político-esportiva, partiu para a Itália, onde defendeu a Fiorentina. Em seu retorno ao Brasil, ele foi jogar no Flamengo, onde ficou por dois anos.
Além disso, integrou a emblemática equipe da Seleção Brasileira de 1982, que disputou a Copa do Mundo da Espanha. Apesar de não ter levado o título, a equipe, que tinha Sócrates como capitão, é considerada pelos especialistas como uma das melhores de toda a história do futebol brasileiro. Depois, o ex-jogador voltou a defender o país na Copa do Mundo de 1986, no México.
Com um futebol de toques rápidos e jogadas inteligentes, Sócrates tinha como principal característica o passe de calcanhar. Segundo ele, era uma das formas de evitar o choque com os zagueiros, por não ter um porte atlético. Durante um tempo de sua carreira, chegou a acumular a função de jogador com a de professor de medicina, já que tinha esperança de voltar a exercer a profissão de médico quando parasse de jogar. Ele deixou os gramados em 1989, quando defendia o Santos.
Nos últimos quatro meses, o ex-jogador foi internado duas vezes. A primeira, no final de agosto, devido a um quadro de hemorragia digestiva, provocada pelo mal funcionamento do fígado. Ao sair do hospital, em entrevista, Sócrates admitiu que era viciado em álcool e cigarro. Na segunda vez, em setembro, poucos dias depois da alta da primeira internação, uma artéria se rompeu e Sócrates teve nova hemorragia.
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