A presidenciável Marina Silva já está se achando a eleita.
E além de criar problemas com os aliados do seu mais fiel defensor, Eduardo Campos, agora cria problemas para ela mesma.
Hoje o coordenador da campanha de Eduardo, o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, disse à Folha que não seguirá na função ao lado de Marina Silva.
"Pela maneira grosseira como ela me tratou. Eu havia anunciado que minha função estava encerrada com a morte do meu amigo. Na reunião [de quarta-feira (20)] ela foi muito deselegante comigo. Eu disse que não aceitaria aquilo e afirmei: 'a senhora está cortada das minhas relações pessoais", disse Siqueira à Folha.
"Não houve engano nenhum. Não estou e não estarei em hipótese alguma na campanha desta senhora", completou.
Carlos Siqueira não quis contar detalhes da reunião.
Segundo a Folha apurou, entretanto, Marina chegou a dizer a ele que não precisaria mais se preocupar com a coordenação da campanha. Ele reagiu prontamente pela forma dita.
"Se ela comete uma deselegância no dia em que está sendo anunciada candidata, imagine no resto. Com ela não quero conversa", disse.
Durante reunião nesta quarta, que durou cerca de seis horas em Brasília, Marina colocou o deputado Walter Feldman na coordenação-geral da campanha ao lado de Carlos Siqueira. Bazileu Margarido, que estava na vaga que agora é de Feldman, foi nomeado titular do comitê financeiro. Henrique Costa, então tesoureiro, passou a ser o adjunto.
O PSB superou divergências internas para lançar a ex-senadora como candidata.
Thaisa galvão