Grandes empresas, Forças Armadas, cargos públicos, canteiros de obras, universidades. As mulheres estão em toda parte. E a tendência é que essa presença aumente.
Alex RégisAs mulheres estão, cada vez mais, ganhando espaço em cargos importantes, públicos e privados
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a maioria dos universitários no mundo é formada por mulheres. As estudantes de ensino superior são 77,3 milhões em todo o globo - 2,2 milhões a mais que homens. Percentualmente, elas equivalem a 51% do total de matrículas em nível universitário. O Brasil segue a tendência mundial e os números do Censo da Educação Superior 2011 mostram que 55,1% dos universitários brasileiros são mulheres.
Mas o preconceito ainda existe e aparece, principalmente, quando a questão é salarial. A remuneração nem sempre acompanha os números. Boa parte das mulheres ainda ganha menos que os homens para desempenhar a mesma função. A última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que para cada R$ 100 de salário de um homem de baixa renda, uma mulher vai receber R$ 76.
Mas as notícias estão melhorando. Esta semana quando a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal aprovou o projeto de lei do deputado Marçal Filho (PMDB-MS) que pune as empresas que pagarem salários menores para as mulheres contratadas para realizar a mesma atividade executada por empregados homens. A proposta agora seguirá para sanção da presidenta Dilma Rousseff e promete ser um marco contra a discriminação das mulheres no mercado de trabalho.
As mais feministas, reclamam do machismo comum em estados nordestinos, mas no Rio Grande do Norte, mais do que nunca, as mulheres estão no comando. A Prefeitura, o Governo do Estado, o Tribunal de Justiça e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte são chefiadas por figuras do antigo sexo frágil. Com a chegada de mais mulheres ao poder e a autoestima elevada, elas buscam reconhecimento, mas sem perder a feminilidade.
Para a psicóloga organizacional Adriana Guedes, que desenvolve uma pesquisa sobre a crescente presença de mulheres em cargos de chefia, o movimento feminista ficou para trás e agora o momento é do movimento feminino. "As mulheres sabem que para alcançar cargos e posições que antes eram ocupadas por homens não é preciso se masculinizar. A feminilidade deve ser um diferencial dessa mulher do século XXI. A sensibilidade, o detalhismo, a atenção individualizada são características do sexo feminino que não podem ser esquecidas. Não é competir, é para complementar!", afirmou.
TN
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